o nenúfar deflora o virgem negra
a escrita automática
reverbera
no santuário da alma
o erotismo sagrado boia nas águas do incesto
ossos divinatórios enfeitiçam a noite
sangue fluindo nas veias do ciclone
minha caixa craniana
é um refúgio visionário
onde ovos luminosos
são chocados pelo crepúsculo
você canibaliza a pilhagem neste sítio
arqueológico
onde reina a trapaça